quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Prenda minha

Prenda minha

Não sei ao certo o que vou escrever, só quero falar, botar para fora tudo o que tenho aqui dentro do peito.

Falando assim todos pensarão que isso é um grande sentimento, mas quero deixar claro: é só o começo dele. Minha vida está de ponta-cabeça, uma coisa muito ruim aconteceu e eu consegui falar, talvez por questão de afinidade, somente para o meu melhor amigo.

Depois que isso aconteceu, eu não consegui mais escrever, não tenho problemas com criatividade, esse é o dom que Deus me deu, mas o meu problema é com o meu sentimental, se estou muito triste eu não sinto vontade de escrever, na verdade, não sinto vontade de fazer nada, apenas me deito e assisto a um filme ou a algo do tipo, algo que me distraia que não me faça pensar, desejo apenas “desligar” (temporariamente) os meus pensamentos.

Eu nunca escrevi assim, sem um motivo, sem uma finalidade apenas escrevendo por escrever. O motivo para escrever tudo isso se resume a uma única pessoa, mas não qualquer pessoa, é uma menina, aprendendo a ser mulher. Às vezes me pergunto o motivo que eu, já homem feito, me apaixonaria por uma garota que talvez não esteja convivendo com os mesmo desejos que eu, mas vou dizer o que me encanta. Encanta-me o jeito dela sorrir, está sempre alegre, com um sorriso inconfundível, encantador, conquistador; seus olhos são castanhos, um tom bem diferente, escuro, profundo, doce e meigo; “teus lábios são labirintos que atraem os meus instintos mais sacanas”; do seu rosto em geral eu diria que era angelical, como um belo quebra-cabeça onde tudo se encaixa. Embora sendo ainda um corpo de menina, já mostra traços de mulher.

Tua idade é 14, quatro anos a menos que eu, tua mentalidade já mostra uma incrível personalidade. Poesia era sua praia, área onde gosto de descansar, tuas palavras me abrem os olhos, me faz pensar, ir além e não querer voltar.

Não importa o meu estado emocional, ela sempre me faz rir, me faz querer levantar da cama e enfrentar essa violência transvestida que todos chamam de “vida”. O desejo de querer escreve algo para ela revela meu desejo, o desejo de querer ficar com ela, de tê-la ao meu lado não só como amiga, mas como companheira, como amante.

Prenda minha (ah, como quero que sejas minha!), deixo aqui esses versos para ti, não somente uma declaração, talvez uma despedida, uma carta suicidada ou apenas: “até mais minha amiga, nós vemos em uma dessas estradas da vida”. Entrego-te este primeiro e último beijo – uma prova do meu desejo – Para você, prenda minha.



Kledson W. Fausto

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