quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O padre


O Padre

Estou dentro do meu carro em um parque da cidade, já passa da meia noite, a iluminação não é boa, mas há sempre casais de jovens procurando diversão, e isso é ótimo para o meu plano.

Sei disso porque sou o padre de uma cidadezinha e isso vai me ajudar muito. Vou falar qual é o meu plano, mas antes, vou contar o porquê dele.

Depois de dez anos ouvindo as confissões, percebi o quanto os jovens fazem sexo antes do casamento e os adultos vem desrespeitando o casamento, a fornicação é algo comum por aqui. Mas algo em mim despertou, depois de uma vida desprezível, decidi fazer algo a respeito para colocar um fim nisso. Sei que posso ser mal compreendido por muitas pessoas, mas apenas irei fazer o que é certo.

O parque está silencioso, não demora muito até eu avistar um casal de jovens, o cara deve ter uns 18 anos, a garota parece ser mais nova, deve ter por volta de 16 anos, não deveria andar em um lugar desses em uma hora dessas, e principalmente, não deveria fazer o que veio fazer, por isso, ela será punida.

Escondo-me nas sombras e observo o casal, a garota parece ser tímida, mas aos poucos vai se soltando. Os jovens parecem se amar. Começam a se despir. A voz em minha cabeça diz que isso é errado e por isso devem ser punidos. Olho se há mais alguém no parque, mas não há, podemos começar.

Minutos depois, os gemidos da garota ecoam pelo local, eu sinto que está na hora de agir e é isso o que faço. Pego meu machado e vou de encontro ao casal, estão tão concentrados que só percebem a minha presença quando estou ao lado deles, eles me olham assustados, os olhos cheios de medo e vergonha, estão surpresos, sabem que estão pecando. Antes mesmo que possam abrir a boca para falar algo, levanto o machado e invisto contra o garoto, a cabeça dele rola ao lado da garota, que começa a gritar desesperadamente, o sangue jorra do (que restou do) pescoço do garoto e mela boa parte do corpo nu da garota. Ela empurra o corpo de seu amado, se vira e tenta se arrastar para longe, mas eu a seguro pelos pés, ela me chuta e eu a solto, se arrasta por alguns metros até que eu invisto outra vez com o machado, que fica enfiado nas costas dela. Retiro o machado e o jogo de lado, ela uiva de dor, as lágrimas em seu rosto me faz pensar que minha tarefa é dura e que não é para qualquer um, é preciso ser forte. Começo a estrangula-la, ela esperneia e tenta arranhar meu rosto, mas não consegue, segundos depois parece chocada, acho que me reconheceu, o olhar de horror em seu rosto é a última coisa que faz em vida, ela morre me olhando nos olhos.

Meu Grand Finale está por vir, com uma faca faço um crucifixo no peito de cada um, assim mostro que receberam o perdão. Dou uma olhada para a cena, minha obra está pronto, sinto-me bem, sei que estou fazendo o que é certo.


Kledson W. Fausto

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